terça-feira, 1 de julho de 2008

Amantes e Rivais

“...Passaram-se uns quatro anos, um dia eu andando pela estrada pensando na Adriana, o grande amor de minha vida, passou um carro por mim e voltou de marcha à ré. Era ela que o pilotava. Ofereceu-me uma carona que agradeci e dispensei, o meu machismo não me permitia viajar em automóvel dirigido por mulher. Parece que ela percebeu a minha razão e ofereceu-me o volante. Eu não o aceitei porque não sabia dirigir. Quando ela disse que queria a minha companhia para conversamos , não teve outro jeito se não aceitar a carona. Conversamos muito sobre escola. Fiquei sabendo que ela estudava em um colégio católico de alta qualidade e que era uma brilhante aluna; e eu era aluno medíocre de um colégio de péssima qualidade. Pensava que estávamos equiparados, ambos na quarta série ginasial, mas havia um abismo entre nós, que eu teria que eliminar. Eu jamais namoraria uma moça mais culta que eu.(eu tinha que estar em primeiro lugar). Quando eu terminei o ginásio, interrompi o estudo oficial para me preparar para uma escola de melhor nível...”

2 comentários:

José Januzzi disse...

Senhor Agenor, parabéns pela publicação, lerei seus contos. Vi no seu perfil que temos alguma coisa em comum, também trabalhei na Nova Amércia Tecidos, eu como engenheiro, na transformação dos prédios no shopping, depois que fecharam a fábrica.
Também publiquei o livro Alcaçuz e Anis na Biblioteca24x7.
Abraços...
José Januzzi

Adriano disse...

Os contos são ótimos. São de uma linguagem coloquial, há muito tempo perdida na literatura de contos brasileira, que tem perdido muito de seu encanto por trocar essa linguagem coloquial por outra, mais empolada e prolixa.